O Judô envolvendo qualquer pessoa, seja ela sem ou com deficiência, reforça o pensamento do criador do Judô, Prof. Jigoro Kano, que sonhava com uma participação ampla e generalizada, quando afirmava que o “Judô é para todos. ”
O Judô praticado por pessoas com qualquer deficiência, seja ela visual, auditiva, intelectual ou física (transtornos e síndromes) é uma atividade esportiva que envolve adaptações para que esses indivíduos possam praticar a modalidade, seja visando a educação, a competição, a melhoria da condição física, a socialização e a melhor qualidade de vida. Este objetivo deverá ser uma opção do aluno e da família a ser administrada pelo professor.
Para garantir a prática segura, os profissionais que se dedicam ao ensino do Judô inclusivo precisam buscar o conhecimento acerca das deficiências, ter em mãos o laudo e o atestado médico de cada judoca e, principalmente, deverá conhecer o potencial do seu aluno, saber o que ele dá conta de fazer, sempre estreitando a comunicaçãoefetiva e sistemática com a família do seu aluno.
No Judô inclusivo o aluno é um ser humano com todas as suas nuances e não a deficiência que ele apresenta.
No Judô inclusivo os avanços são lentos, às vezes mínimos, porém altamente significativos dentro do processo de ensino e aprendizagem.
O professor de Judô deverá estar atento aos progressos manifestados pelo aluno, dando-lhe um retorno positivo, para a manutenção do nível de motivação elevado.
Trabalhar com o Judô inclusivo, significa não só envolver várias deficiências, como também incluir as pessoas sem deficiência.
Mesmo que o profissional, em sua instituição, se dedique somente as turmas de alunos com deficiência, será necessário que sejam criadas oportunidades para a participação conjunta. A socialização entre os indivíduos com e sem deficiência no Judô, permitirá a inclusão no seu sentido mais amplo.
Prof. Eduardo Nascimento – 6º DAN.